![]() Geração e afetoEnchemos a vida de filhos, que enchem a vida de amor. Depois vêm nossos netinhos, brilhando com seu calor. E os bisnetos tão danados, com seus gestos encantados, nos devolvem o sabor.
Pessoas cheias de arte, seguem firme o seu caminho, nos poemas de quem parte, mas deixou o seu carinho.
Tataranetos virão, mas já não estarei por aqui. Serão frutos da paixão, das sementes que plantei. E quem sabe, algum sorriso, num retrato ou improviso, vai lembrar o que eu deixei.
Alguns me enchem de sonho, com olhar de fantasia. Outros cantam no meu peito o bê-á-bá da alegria. Trazem riso e esperança, como toda criança que também já fui um dia.
E os que crescem sem demora com vontade de aprender, me revelam toda a aurora de um futuro a florescer. São promessas, são caminhos, seguem firmes, vão sozinhos, mas me levam sem saber.
Pessoas cheias de arte, guiam passos com ternura. Nos poemas de quem parte, deixam viva a criatura. Sou apenas um suspiro nesse verso que ainda giro, feito luz que não se apura.
Antonio Souto
Enviado por Antonio Souto em 04/08/2025
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