Antonio Souto
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Esperança no dia dos namorados

No coração de uma pequena cidade, cercada por montanhas e rios, o Dia dos Namorados sempre trazia uma atmosfera mágica. As ruas eram adornadas com luzes cintilantes e flores frescas, exalando o aroma doce da felicidade e do amor. Foi nesse dia especial que Ana e Luiz se encontraram pela primeira vez.

 

Luiz, um homem de olhar triste e passos lentos, estava viúvo há um ano. Sua esposa, Clara, havia sido seu grande amor, e a perda a deixou com um vazio profundo. Naquele Dia dos Namorados, Luiz decidiu caminhar pelo parque onde costumava ir com Clara, buscando consolo nas lembranças. Sentou-se em um banco, olhando para o horizonte com olhos marejados.

 

Ana, por outro lado, era uma mulher independente e determinada. Depois de uma série de relacionamentos decepcionantes, decidiu que não queria mais se envolver. Passava o tempo dedicando-se ao trabalho e a sua unica filha, Martha, sem abrir espaço para um novo amor. Naquele dia, resolveu caminhar pelo parque para espairecer e apreciar a beleza do lugar.

 

Enquanto andava distraída, Ana avistou Luiz sentado no banco, com a tristeza estampada no rosto. Algo em sua expressão tocou seu coração. Apesar de não estar à procura de um relacionamento, sentiu-se impelida a falar com ele. Aproximou-se com delicadeza e sentou-se ao seu lado.

 

— Olá — disse ela, com um sorriso suave. — Posso me sentar aqui?

 

Luiz olhou para ela, surpreso, mas assentiu com a cabeça. Havia algo na voz de Ana que transmitia conforto e paz.

 

— Claro — respondeu ele, tentando esboçar um sorriso. — Meu nome é Luiz.

 

— Eu sou Ana — disse ela, estendendo a mão.

 

Eles começaram a conversar, e Luiz contou a Ana sobre Clara e o quanto sentia sua falta. Ana ouviu atentamente, com empatia e carinho. Ela compartilhou suas próprias histórias, e logo, a conversa fluiu de maneira natural, como se se conhecessem há muito tempo.

 

Com o passar das horas, Luiz sentiu algo mudar dentro de si. A dor ainda estava lá, mas a presença de Ana trouxe uma nova esperança, uma luz suave em meio à escuridão. Ana, por sua vez, sentiu seu coração se aquecer. Havia algo em Luiz que a fazia querer cuidar dele, trazer alegria de volta à sua vida.

 

Os dias se transformaram em semanas, e Ana e Luiz continuaram a se encontrar no parque. Suas conversas se tornaram mais profundas, e uma conexão especial floresceu entre eles. O amor de Luiz por Clara nunca desapareceu, mas ele encontrou em Ana um novo motivo para sorrir e seguir em frente.

 

Ana, que não buscava um relacionamento, percebeu que o amor pode surgir de maneira inesperada. Sentiu-se encantada por Luiz, e juntos, descobriram um amor incondicional, construído sobre a base do respeito e da compreensão mútua.

 

No ano seguinte, no mesmo banco onde se conheceram, Luiz e Ana celebraram o Dia dos Namorados juntos. Luiz trouxe flores para Ana, e ela, um sorriso que iluminava seu rosto. Olhando nos olhos um do outro, sabiam que haviam encontrado algo especial.

 

— Obrigado por trazer de volta a alegria à minha vida disse Luiz, segurando a mão de Ana com ternura.

 

— E obrigado por me mostrar que o amor verdadeiro existe — respondeu ela, com os olhos brilhando.

 

E assim, no pequeno parque da cidade, o amor de Ana e Luiz floresceu, mostrando que mesmo nas circunstâncias mais difíceis, o amor pode encontrar seu caminho, trazendo luz e alegria para aqueles que acreditam.

Antonio Souto
Enviado por Antonio Souto em 12/06/2024
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