Ana sempre foi uma sonhadora. Desde pequena, olhava para o céu e se perdia nas formas das nuvens, imaginando histórias e mundos mágicos. Luiz, por outro lado, era prático. Gostava de resolver problemas e ver as coisas acontecerem. Apesar das diferenças, os dois eram grandes amigos e passavam horas juntos, discutindo a vida e seus mistérios. Um dia, sentados à beira do lago, Ana levantou uma questão que estava martelando sua mente há dias.
"Luiz, onde você acha que a felicidade mora?" Luiz, sempre pronto com uma resposta lógica, ficou em silêncio por um momento. "Nunca pensei nisso, Ana. Talvez devêssemos procurar."
Ana sorriu. "Então, vamos começar nossa busca!"
Guiados pelo desejo de encontrar a dona felicidade, Ana e Luiz iniciaram uma jornada. Primeiro, foram ao velho farol onde morava um mágico chinês, famoso por suas respostas enigmáticas. "Onde está a felicidade?" perguntaram os dois ao mesmo tempo. O mágico sorriu misteriosamente. "Procurem no céu, no mar e na arte. Mas lembrem-se, a resposta pode estar mais perto do que pensam."
Ana e Luiz passaram dias observando o céu. Viram nuvens formarem castelos e dragões, mas nenhuma resposta concreta. Então, foram até o mar. Sentaram-se na praia e perguntaram às ondas, mas elas só devolviam o som suave de suas quebras.
"Céu e mar são belos, mas não nos deram respostas claras," disse Ana, um pouco desanimada.
"Talvez o mágico quisesse dizer que precisamos procurar de outra maneira," sugeriu Luiz.
Recordando a dica do mágico, Ana e Luiz decidiram pintar. Pegaram pincéis e telas e começaram a expressar suas emoções através da arte. Ana pintou um grande céu azul com nuvens de várias formas. Luiz desenhou um mar calmo sob um pôr do sol dourado. Enquanto pintavam, sentiram uma alegria inexplicável. "Você sente isso, Ana? Parece que estamos perto," disse Luiz. A noite caiu e sob as estrelas, Ana caiu em um sono profundo e teve um sonho. Um anjo de luz apareceu e disse:
"A felicidade existe, Ana. É fácil encontrá-la. Está bem no fundo do peito, no amor que sentimos. É só se entregar."
Ana acordou com lágrimas nos olhos e contou tudo a Luiz. Ele sorriu e a abraçou.
"Acho que entendi, Ana.
A felicidade não está em lugares distantes ou respostas complicadas. Ela está em nós, no amor e na confiança que temos na vida." Com essa nova perspectiva, Ana e Luiz perceberam que a felicidade sempre esteve ao alcance. Nos pequenos momentos, nas risadas compartilhadas, nas conversas sob o céu estrelado e nos olhares cúmplices. E assim, Ana e Luiz viveram suas vidas acreditando no amor e na simplicidade da felicidade. Descobriram que, muitas vezes, a felicidade não está em grandes feitos, mas nos pequenos gestos e na capacidade de acreditar na vida.